sábado, 7 de maio de 2011

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Europa antes da guerra: formação das alianças


Francisco Ferdinando assassinado em Sarajevo (Bósnia)
A morte do herdeiro austríaco é considerado o estopim para os conflitos.


Movimentação das tropas

Trincheiras

Canhões alemães

Metralhadora

Tanque francês Renault

Aviões alemães

Cidade européia destruída










terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Parlamento Jovem

PARLAMENTO JOVEM – 2009

TRANSPORTE COLETIVO URBANO

PROPOSTA DE DOCUMENTO FINAL


1. Aumento do número de bancos específicos para idosos, e gestantes, e dos assentos para passageiros, a fim de melhorar o conforto e a segurança, sem que haja alteração na tarifa.
2. Colocação de mais bancos diminuindo o tamanho dos corredores dos ônibus para que caiba mais pessoas sentadas e assim dar mais conforto ao passageiro.
3. Colocação de mais ônibus nos horários de pico para evitar a superlotação.
4. Criação de Campanhas que visem conscientizar motoristas sobre o respeito ao transporte de idosos e demais usuários.
5. Criação de vias de embarque obrigatórias nas plataformas, visando a segurança e a organização no momento de embarque de passageiros
6. Entrada do ônibus pela porta de traz e saída pela porta da frente dos ônibus para que o motorista veja quem está descendo, principalmente quando o veículo está lotado. Da forma como está hoje as pessoas ficam inseguras pois muitas vezes os ônibus se movimentam antes que passageiro conclua o desembarque.
7. Humanizar o transporte nos horários de pico com a colocação de mais veículos para evitar a superlotação.
8. Implantação de lixeiras nos coletivos, contribuindo para a conservação da limpeza e higiene, além de promover campanha educativa para não atirar lixo fora dos coletivos.
9. Implantação de Painel eletrônico para o controle do número de passageiros embarcados, também para evitar a superlotação.
10. Implantar horários flexiveis para os bairros Filadélfia, Campos Elíseos e Santa Clara, pois devido ao extenso tempo entre outros coletivo (45 minutos), a maioria dos moradores desses bairros acaba sendo transportada somente pelo Parque Pinheiros/Itamaraty.
11. Implementação do transporte gratuito para os estudantes, promovendo a permanência dos mesmos no Ensino Médio, em parceria com a Superintendência de Ensino. Verificar a possibilidade de uma linha específica para os estudantes dos bairros Santa Clara, Filadélfia, Parque Pinheiros e Itamaraty, até a escola Davi Campista, no horário matutino e noturno, como já ocorre na escola Parque das Nações, zona Sul da cidade.
12. Implementar uma linha para o bairro Itamaraty, pois, devido a expansão de novos loteamentos, o número de usuários aumentou proporcionalmente, ocasionando atrasos nas linhas e insegurança durante o trajeto devido a superlotação.
13. Liberar o uso do passe escolar, para sábado, domingo e feriado. Mais uma vez a justificativa são atividades extra-curriculares, inclusive festas que ocorrem nas escolas.
14. Maior fiscalização por parte da Prefeitura, nos ônibus e principalmente nas vans escolares – pelo DEMUTRAN - para evitar irregularidades e situações que coloquem os passageiros em risco.
15. Mais 20,00 em crédito por mês, no passe de R$ 0,50 para atividades extra-curriculares.
16. Melhoria nos ônibus e cumprimento dos demais tópicos supracitados, sem alteração e aumento na tarifa , uma vez que a concessão do transporte público no município, como determina a lei, estabelece um transporte seguro e de qualidade para todos os seus usuários.
17. Rigor nos horários de saída da garagem e nos terminais de linhas urbanas, evitando atrasos abusivos ou saídas antes do horário previsto, causando prejuízo aos usuários. Aumentar e regularizar o número de ônibus em horários de pico.
18. Ser permitido recarregar o cartão do passe-escolar mais uma vez por mês. No entanto nesta segunda recarga, não teria o direito aos créditos extras.
19. Substituição de parte do combustível dos ônibus da empresa concessionária para o uso de Biodiesel para diminuir a emissão de poluentes.
20. Ter uma linha de ônibus às 6:00 e às 18:00 para a zona rural, para atender ao pessoal que trabalha na cidade, ou utiliza serviços médicos que sempre são pela manhã. (Rápido Campinas)
21. Uso de combustível menos poluente nos coletivos, visando a qualidade do meio ambiente.
22. Uso diário ilimitado do passe escolar e assim acabar com o limite de quatro passes por dia. Em várias oportunidades os alunos participam de atividades extras na escola e para a realização de trabalhos escolares e não podem utilizar o passe-escolar nessas ocasiões.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

As multinacionais e sua forma de capitalizar

Por Francislei Júnio de Oliveira*

Na última sexta feira, dia 27/11, numa aula de Geografia, sob orientação do professor Marcelo Fonseca, tive a oportunidade de assistir ao documentário “The Corporation” (2004).
Fui apresentado a um mundo desconhecido por mim, e por milhões de pessoas: o mundo onde quem manda são as multinacionais e seus acionistas. Confesso que fiquei horrorizado, por ver a tamanha desumanização que admitimos pelo simples prazer de ter um tênis Nike, ou uma camiseta Puma...
Tal documentário, mostra algumas das mais ascendentes empresas em diversos setores, dentre eles, produtos de vestuário, alimentícios, e remédios usados na produção de leite.
The Corporation, também mostra as condições de trabalho que não se compara a escravidão. Em Honduras, por exemplo, os trabalhadores de uma fábrica da Nike, ganhavam cerca de U$0,23 por dia, sendo que gastavam U$2,20 em alimentação.
Além destas condições desumanas, temos também certos tipos de envenenamento dos consumidores através dos alimentos industrializados e de agrotóxicos, complementos alimentares e hormônios que dão aos animais, e secundariamente acabamos ingerindo também.
Vemos claramente nas propagandas e até nos rótulos, que produtos usados na fabricação não possuem efeitos nocivos a saúde, mas estudos e pesquisas apresentados no filme, comprovam que as empresas mentem ou no mínimo omitem a verdade ao consumidor.
Mutações, desenvolvimento sexual precoce e até mesmo o câncer, podem ter suas origens nestes produtos.
Que ponto chegamos; causar doenças sem cura, para obter lucros maiores!
E afinal, o que devemos fazer para não sermos reféns destes bandidos? Será que seremos como peixes e morrer pela boca? É hora de mudar!

*Aluno do 1º Ano do Ensino Médio da Escola Estadual Dr. João Eugênio de Almeida

domingo, 18 de outubro de 2009

O legado de Che Guevara

por João Pedro Stedile

Em 8 de outubro cumpre-se o aniversário do assassinato de Che Guevara pelo exército boliviano. Após sua prisão, em 8 de outubro de 1967, foi executado friamente, por ordens da CIA. Seria ''muito perigoso'' mantê-lo vivo, pois poderia gerar ainda mais revoltas populares em todo o continente.

Decididamente, a contribuição de Che, por suas idéias e exemplo, não se resume a teses de estratégias militares ou de tomada de poder político. Nem devemos vê-lo como um super-homem que defendia todos os injustiçados e tampouco exorcizá-lo, reduzindo-o a um mito.
Analisando sua obra falada, escrita e vivida, podemos identificar em toda a trajetória um profundo humanismo. O ser humano era o centro de todas as suas preocupações. Isso pode-se ver no jovem Che, retratado de forma brilhante por Walter Salles no filme Diários de Motocicleta, até seus últimos dias nas montanhas da Bolívia, com o cuidado que tinha com seus companheiros de guerrilha.

A indignação contra qualquer injustiça social, em qualquer parte do mundo, escreveu ele a uma parente distante, seria o que mais o motivava a lutar. O espírito de sacrifício, não medindo esforços em quaisquer circunstâncias, não se resumiu às ações militares, mas também e sobretudo no exemplo prático. Mesmo como ministro de Estado, dirigente da Revolução Cubana, fazia trabalho solidário na construção de moradias populares, no corte da cana, como um cidadão comum.

Che praticou como ninguém a máxima de ser o primeiro no trabalho e o último no lazer. Defendia com suas teses e prática o princípio de que os problemas do povo somente se resolveriam se todo o povo se envolvesse, com trabalho e dedicação. Ou seja, uma revolução social se caracterizava fundamentalmente pelo fato de o povo assumir seu próprio destino, participar de todas as decisões políticas da sociedade.

Sempre defendeu a integração completa dos dirigentes com a população. Evitando populismos demagógicos. E assim mesclava a força das massas organizadas com o papel dos dirigentes, dos militantes, praticando aquilo que Gramsci já havia discorrido como a função do intelectual orgânico coletivo.

Teve uma vida simples e despojada. Nunca se apegou a bens materiais. Denunciava o fetiche do consumismo, defendia com ardor a necessidade de elevar permanentemente o nível de conhecimento e de cultura de todo o povo. Por isso, Cuba foi o primeiro país a eliminar o analfabetismo e, na América Latina, a alcançar o maior índice de ensino superior. O conhecimento e a cultura eram para ele os principais valores e bens a serem cultivados. Daí também, dentro do processo revolucionário cubano, era quem mais ajudava a organizar a formação de militantes e quadros. Uma formação não apenas baseada em cursinhos de teoria clássica, mas mesclando sempre a teoria com a necessária prática cotidiana.

Acreditar no Che, reverenciar o Che hoje é acima de tudo cultivar esses valores da prática revolucionária que ele nos deixou como legado.

A burguesia queria matar o Che. Levou seu corpo, mas imortalizou seu exemplo. Che vive! Viva o Che!

João Pedro Stedile é membro da coordenação nacional do MST e da Via Campesina.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

MST ocupa fazenda grilada pela Cutrale

Do Centro Acadêmico de Comunicação “Florestan Fernandes”

http://cacoffunesp.blogspot.com/

A grande imprensa no último dia 05 de outubro alardeou a “invasão” de terra provocada por integrantes do MST. Em voos razantes a PM captou imagens de um trator cortanto pés de laranja. Como é de costume, a mídia apresenta os fatos sem uma necessária contextualização do problema com o intuito claro de colocar a opinião pública contra os movimentos sociais. Esses movimentos lutam pelo real desenvolvimento social do país frente ao grande crescimento econômico que aquece a conta corrente daqueles que estão no topo da escala social.A região mostrada na imprensa, Aras, Agudos, Borebi, no centro-oeste do Estado de São Paulo, onde hoje a empresa Cutrale tem imensas plantações de laranja, tem sua história abafada pelos interesses dos grandes latifundiários brasileiros. Vamos a ela então.No início do século XX o Governo Federal destinou naquela região mais de 50 mil hectares para a colonização italiana. No entanto, isso não foi possível pois os fazendeiros do café entendiam que essas terras para colonização italiana diminuiriam a oferta de trabalho barato nas plantações de café, e como é de costume, impediram que essas terras fossem destinadas para o fim proposto.Com o passar do tempo esses 50 mil hectares foram sendo grilados por grandes empresas, principalmente madeireiras. Um pouco mais recente é a entrada da Cutrale nessa região através de terras griladas. Hoje a Cutrale mantém ali uma plantação de cerca de 4 mil hectares apenas de laranja. Só a título de exemplo, com esse número mais de 130 famílias poderiam estar assentadas e plantando alimentos necessários para a alimentação da população, já que não só de laranja vive o homem.Essas terras da região centro-oeste são uma reinvidicação de mais de 15 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra para que ela seja destinada a reforma agrária e contribua para a melhora do quadro social do país. Segundo o INCRA, orgão governamental que regula a reforma agrária, a invasão da Cutrale é ilegal e as terras deveriam ser devolvidas ao governo federal.Mais de 350 famílias ocupam essa região como forma de pressão para que as terras do governo sejam destinadas à reforma agrária. Parece inconcebível que uma mega empresa, através de meios obscuros como é a grilagem, explore a terra apenas para lucro próprio sem ter pago nenhum centavo, enquanto milhares de famílias continuam na luta por um pedaço de terra agricultável.Na região de Borebi alguns pés de laranja, entre os 4 mil hectares plantados, foram derrubados para que arroz, feijão, milho, batata pudessem ser plantados. Não nos esqueçamos nunca que a reforma agrária é imprescindível para a construção de um país realmente justo, democrático e menos desigual.Enquanto o Brasil continuar com uma ditribuição fundiária quase feudal, os números midiáticos continuarão nos falando lindas mentiras e a realidade, duras verdades.Lembrando de João Cabral de Melo Neto, pergunto: qual será a parte que cabe ao povo neste latifúndio chamado Brasil?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Jejum no Mês de Ramadan

ASSALAM UA LEIKUM !!!

No último domigo mais de 1 bilhão de muçulmanos comemoraram o "AL ID", tal data celebra o fim do Ramadan, mês de jejum e reflexão para o Islamismo. Este belo texto mostra o significado do jejum.

O Jejum no Mês de Ramadan

por Nizar El-Khatib*

No jejum do Ramadan (9º mês lunar), que iniciou-se em 22/agosto e terminou neste domingo com a comemoração de “Al Id”, mais de 1 bilhão de muçulmanos em todo o mundo abstiveram-se de beber água e comer, do alvorecer ao pôr-do-sol.

O Al Id é o dia em que as pessoas desejam felicitações umas às outras, geralmente durante as festas que são preparadas nas mesquitas quando do término do jejum. Sentimos uma alegria incomum após jejuarmos durante um mês inteiro.

A abstenção de alimentos nos faz refletir de maneira mais intensa sobre a nossa espiritualidade e a nossa atitude diante do mundo material e do consumo.

A sensação de fome nos coloca no lugar de nossos semelhantes que lutam com muita dificuldade pela sobrevivência, nos levando a refletir sobre a dor de tantas crianças famintas e o desespero de tantas mães para alimentarem seus filhos. O jejum nos leva a meditar e nos ensina a humildade. Durante este período desejamos paz, saúde e prosperidade para todas as pessoas e mentalizamos um mundo melhor, mais justo, com pessoas dignas e respeitadas, independentemente de religião, cor ou nacionalidade.

A privação de alimentos por vontade própria também nos leva a perceber nosso sistema digestivo como um importante centro de saúde ou enfermidade, e o alimento seu melhor remédio. É um processo de aprendizagem tanto sobre o nosso corpo quanto sobre os alimentos que ingerimos.

O jejum cultiva no homem, uma consciência vigilante e sã, um sentido criador de esperança e uma atitude otimista perante a realidade.
Cria no homem o verdadeiro espírito de dedicação social, de unidade, fraternidade e de igualdade perante a Deus e perante as Leis.
O jejum cria o sentimento de misericórdia e nos acostuma à disciplina, à generosidade e à paciência nas dificuldades.

O Islamismo, com a Instituição do jejum de Ramadan, traz à humanidade um benefício incomparável, transformando as pessoas em bondade, compreensão e amor.
Kúl ám u antúm bikheir (Felicidades em árabe)

Um forte abraço a todos e Feliz AL ID !

*Nizar é um grande companheiro de lutas socias em Poços de Caldas.

domingo, 13 de setembro de 2009

O efeito tequila dos tucanos

Por Emir Sader

Se os tucanos estivessem governando o Brasil – seja com a vitória de Serra em 2002 ou de Alckmin em 2006 – os efeitos da crise que o país está superando, seriam tão devastadores como foram os da crise de janeiro de 1999. O Brasil teria elevado a taxa de juros a alturas estratosféricas – em 1999 foi para quase 50% -, os gastos públicos sofreriram novo corte drástico, se assinaria novo acordo com o FMI, com a obrigação dessas medidas, mais privatizações de empresas estatais, etc., etc., como o governo FHC tinha acostumado ao país.

Para não ir mais longe: teríamos o mesmo destino do México. Como os tucanos são adeptos dos Tratados de Livre Comércio – tinham comprometido o Brasil com a Área de Livre Comércio para as Américas, Alca, que o governo Lula enterrou – estaríamos sofrendo as mais duras e diretas consequências da recessão norteamericana. O México, ao assinar o TLC da América do Norte – o Nafta – teve seu comércio com os EUA elevado para mais de 90% do total. Podemos imaginar o tamanho da recessão mexicana. Calcula-se que a economia terá um retrocesso de 7% neste ano, sem perspectivas de recuperação. Não por acaso o governos do México bateu uma vez às portas do FMI, com as consequências que se conhece, pela assinatura de mais uma Carta de Compromisso.

Combinam-se no México vários elementos explosivos de crise: para começar, um presidente neoiberal, Calderón, que procura dar continuidade ao programa de governo Fox, com a agravante de que triunfou por uma margen exígua de votos, com muitos indícios de fraude. Em segundo lugar, a profunda crise econômica, resultado das políticas neoliberais, agravada pela abertura econômica do Tratado de Livre Comércio assinado pelo México, com as consequências da recessão norteamericana. Em segundo lugar, a explosiva expansão do narcotráfico, com a aceleração da violência e da crueldade da ação das gangues e do exército e das polícias, fruto da situação limítrofe com os EUA, o maior mercado consumidor de drogas do mundo. Em terceiro lugar, a situação difícil dos trabalhadores mexicanos nos EUA, que sofrem mais diretamente os efeitos da crise: diminui a ida de mexicanos, porque os postos de trabalho diminuíram sensivelmente, ao mesmo tempo que diminui enormemente o envio de dólares para as familias mexicanas.

O livre comércio trouxe para o México, inicialmente, a promessa de desenvolvimento econômico, que ficou no entanto restrito à fronteira norte, onde o trabalho de mulheres e crianças nao sindicalizadas atraía capitais pela superploração da mão de obra. Mas mesmo essa “vantagem comparativa” desapareceu, conforme a China, mesmo situada incomparavelmente mais distante, atraiu as empresas, pela maior qualidade da mão de obra, seu preço menor e, especialmente, a capacidade de consumo do mercado chinês.Hoje o México vive situação que viveria o Brasil, uma brutal ressaca do tequila com que os tucanos teriam embebado o país.